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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Romance: Batalhas do Novo Mundo - Cap. 01

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APRESENTAÇÃO

Buenas galera, meu nome é Haag e tenho algumas história para contar a vocês.
Arcanios: -- Quero aproveitar sua postagem e dizer... Seja bem vindo Haag! Que suas histórias possam ser contadas por bardos em todos os Reinos.
Histórias essas que aconteceram com um certo grupo e que decidiram todo o futuro de um mundo distante do nosso.
Alguns personagens e lugares já devem ser conhecidos de vocês, mas podem ter certeza que essa história nunca lhes foi contada.
Com vocês: Batalhas do Novo Mundo.
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Livro 1 - Conspiração
Arco I - Vilarejo Koonji
Capitulo 01 - A Carta

Já estava iniciando a quarta hora do segundo sol, mais duas horas e o breu começaria. A carta era bem clara, o vilarejo estava enfrentando sérios problemas com ataques a fazendeiros durante a noite. Provavelmente um lobo ou no máximo um troll errante que desceu das Sanguinárias, trabalho fácil e pagamento bom, tudo que um ladino precisa para sobreviver.
Quem cruzasse na estrada com aquele humano mirrado com a mochila nas costas dificilmente imaginaria que ele era um herói indo salvar algum vilarejo de um perigo mortal. Claro, herói era um exagero, pois essa era recém sua primeira missão como ladino aventureiro. E alguém passar era mais complicado ainda, já fazia mais de um dia que nenhuma pessoa cruzava por essa estrada. Seria a proximidade das Montanhas Sanguinárias ou os ataques ao vilarejo já fazia efeito nos viajantes?
Jacques não sabia o que pensar desse caso. Por que o líder de um vilarejo tão afastado do resto da civilização iria se preocupar em convidar um reles ladino iniciante de Valkaria, ainda mais com uma oferta de trabalho tão alta, afinal quem pagaria mil pecas de ouro para livrar o vilarejo de lobos?
E com essas duvidas ele atravessou metade do Reinado em busca de sua aventura.
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-Malditos goblins, são piores que ratos...
Morn estava reclamando novamente de goblins, o taverneiro já conhecia a fama do meio orc mercenário. Dois metros de altura e a cara mais feia do mundo, sempre de mau humor e briguento, mas sem duvida o melhor mercenário que existia, afinal quantos mercenários conseguiam realizar magias de cura?
A história de hoje era sobre um trio de goblins que haviam invadido a mansão de um figurão anão. Morn foi contratado para recuperar os tesouros do anão e levar três cabeças de goblins como brinde. E Morn sempre cumpria suas missões.
Aparentemente os goblins se esconderam dentro de um buraco e o meio orc precisou explodir todos os tuneis, o que acabou destruindo os tesouros do anão que ficou bastante irritado e jurou que o orc não arranjaria mais emprego na cidade.
Morn já estava no terceiro caneco de cerveja e contando novamente a historia do anão, foi quando um gnomo entrou na taverna e se dirigiu a ele com uma carta. Morn é um dos poucos Orcs capazes de ler o idioma humano no Reinado, e aparentemente ele gostou do que leu.
-Ragnar me rolou bons dados hoje. Taverneiro mais uma caneca pra mim, e trás um hidromel para o meu amigo gnomo aqui.
Porem o gnomo já havia saído na mesma velocidade que tinha entrado. Não que Morn tenha percebido isso.
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Vilarejo de Koonji, quinta hora do segundo sol.
Vëon desembarcou no pórtico do pacato vilarejo de Koonji. A carta falava sobre os ataques de uma fera durantes os horários de breu. Na carta eles solicitavam a presença de um feiticeiro da Academia Arcana para tentar a captura da besta. Algo totalmente desnecessário na opinião do jovem feiticeiro, pois deveria ser na pior hipótese um troll desgarrado, qualquer aventureiro iniciante pode resolver isso, não precisava de intervenção da Academia Arcana. Muito menos de toda a atenção que o mestre Talude colocou.
A carta falava em esperar na taverna pelo contato do Conde Brins. Vëon se encaminhou ate o único prédio de dois andares no pobre vilarejo. Ao entrar na taverna, logo foi abordado por uma jovem:
-Os senhores estão aqui para a reunião com o Conde Brins?
-Sim. - respondeu uma voz atrás de Vëon.
Ao se virar, Vëon se deparou com um jovem humano de aproximadamente 17 anos e que aparentemente também aguardava pela reunião com o conde. Seria um estudante? Talude não falou nada em um estudante, também não haveria necessidade para tanto. Mas resolveu seguir o fluxo e também confirmou.
A atendente levou ambos a uma mesa no fundo da taverna e serviu uma caneca de hidromel para cada, e antes de sair, Vëon perguntou:
-O conde ainda vai demorar?
-Já deve estar chegando, vocês acreditam que os outros dois já vão ter chegado? -questionou a atendente.
Outros dois? Diante do silencio dos dois, a jovem se retirou e os deixou sozinhos. Vëon aproveitou o momento para conversar com o misterioso garoto:
-Mestre Talude não me comentou nada sobre um estudante vir me ajudar, não creio que seja necessário mais uma pessoa para um caso tão simples. Na verdade não era necessária nem a minha presença aqui. O que você acha?
-Talude? - o jovem parecia intrigado- Foi o poderoso mago Talude que me contratou para essa missão? Achei que a Academia Arcana tivesse milhares de feiticeiros e necromantes, e não precisasse de ladino iniciante como eu.
-Ladino? Com certeza a Academia Arcana nunca recorreria a um reles ladino. -indignou-se Vëon.
Neste momento entrou pela porta um homem de aproximadamente 42 anos, com roupas finas que destoavam da roupa dos demais moradores e duas poderosas espadas na cintura. O taverneiro em pessoa o atendeu e apontou a mesa onde os dois conversavam. Ele se aproximou e se apresentou, seu nome era Conde Brins.
O conde sentou-se à mesa e falou:
-Bem vindos senhores, vocês devem ser o ladino Jacques e o feiticeiro Vëon, estive aguardando suas presenças desde que recebi sua carta dizendo que enviariam seu grupo a nossa cidade. Mas não esta faltando gente? Na carta vocês falavam em quatro membros. Os outros desistiram?
-Espera, foi o senhor que me enviou uma carta convidando para livrar o vilarejo de uma besta. -afirmou o ladino.
O conde coçou o queixo, olhou para os dois a sua frente.
-Podem ter certeza que não enviei. Eu ate pretendia colocar um anuncio em Valkaria solicitando aventureiros, mas ai recebi a carta do seu grupo. Mas aparentemente não são vocês, me desculpem.
O conde então se levantou e quando estava para se retirar foi parado por Jacques:
-O senhor pode não ter me enviado uma carta, mas eu estou aqui. Se ainda precisa de aventureiros, eu aceito a oferta.
-Muito bem. -respondeu o conde com os olhos brilhando de esperança - E você senhor Vëon, vai aceitar também?
-Não vou lhe dizer que aceito, mas quero descobrir a historia por trás destas cartas. -respondeu o quareen.
O conde abriu um sorriso, virou para o taverneiro e ordenou:
-Os melhores quartos para nossos heróis e uma rodada de cerveja para todos aqui por minha conta. -e virando-se para os dois aventureiros- Descansem esta noite, amanha uma carruagem os levará ate minha casa e poderemos negociar.
Dito isso, o conde se retirou.
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Todos já dormiam no vilarejo quando um vulto sinistro partiu da orla das Florestas Vermelhas em direção à fazenda da família Sethof sem que ninguém o visse.
Enquanto isso na taverna Vëon não conseguia dormir pensando nas estranhas cartas.

Continua...
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