Estrutura e postos dentro do navio
Uma embarcação é um universo em si. Um micro-mundo independente enquanto estava na imensidão do oceano. Como tal era, antes de mais nada, uma representação da ordem instituída. Representava todos os elementos de uma comunidade. Claro que estamos iniciando nossa conversa pelas embarcações ditas “oficiais” por assim dizer. Então temos de pensar em uma organização e hierarquia mais representativa de uma sociedade rígida. Não que isto não acontecesse entre os corsários e piratas, mas nos navios que servem alguma nação, rei ou organização isso fica muito mais evidenciado. Vamos começar vendo como estas embarcações “seguidoras da lei e da ordem” funcionavam.
Pode-se dizer que temos quatro grupos bem distintos dentro de uma embarcação. Os primeiros deles, e topo da pirâmide organizacional do navio, eram os oficiais. Depois haviam todos aqueles que possuíam algum afazer específico. Em terceiro tínhamos os marujos e marinheiros. Por fim temos os aprendizes e aqueles que realizavam limpezas.
Esta estrutura, dentro de navios oficiais, era extremamente rígida. Não podemos esquecer que um navio que serve à uma nação ou a um imperador/rei funcionava como um braço de suas forças armadas. Então nada mais justo que siga os padrões militares. Pensado em Tormenta podemos imaginar neste grupo as marinhas do Reinado e principalmente os navios de Tapista.
Os Oficiais
Este primeiro grupo formava a estrutura básica de comando do navio. Não existiam (na maioria dos casos) mais do que um de cada tipo de oficial por embarcação.
A maior autoridade dentro do navio era o Capitão (mesmo quando algum nobre estivesse dentro, à não ser o próprio Rei ou alguma outra figura diretamente ligada à realeza). Ele era a autoridade máxima fazendo inclusive os papéis de juiz e juri quando necessário. Normalmente era o único à ter aposentos particulares dentro do navio. O Capitão não se misturava com a tripulação e mesmo muitos oficiais não tinham acesso a ele.
O Quarteleiro ou Mestre de Bordo (também chamado de Patrão ou ‘nocher’- o sábio do navio) era o segundo em comando. A ele cabia levar as ordens do Capitão para os outros oficiais designando tarefas. Em muitos momentos era quem realmente mandava no navio, menos nos combates, levando ao Capitão apenas casos especiais. Suas ordens recaiam sobre todos – à não ser o Piloto e os Artilheiros. O Mestre é aquele que melhor conhece os ventos e o comportamento da embarcação. O Piloto era o responsável pelo manejo do navio e leitura das cartas náuticas.
O Quartel-mestre executava as ordens do Mestre transmitindo-as à tripulação e cobrando do Imediato sua realização. O Imediato servia diretamente ao Mestre de Bordo. Todas as ordens proferidas pelo Mestre eram levadas à cabo pelo Imediato junto aos marujos ou profissionais. Era o oficial mais próximo da tripulação. Os Camareiros de Bordo são erroneamente considerados como serviçais, mas fazem sim parte dos oficiais. Eram aspirantes à oficiais. Vinham, normalmente, de famílias nobres e possuíam grandes responsabilidades em sua relação com os oficiais. Para encerrar havia o Agualcil. Eles eram os representantes da força do rei ou imperador dentro do navio. Por seu caráter oficial era muito pouco querido pela tripulação.
Os Especialistas
Havia uma enorme lista de profissionais que poderiam, ou não, estar dentro de uma embarcação. Todos tinham funções específicas e pontuais.
O Tanoeiro era o responsável pela produção e manutenção dos barris. Pode parecer pouco, mas quando se está dentro de um navio no meio do oceano por semanas torna-se uma função das mais importantes. Todos os mantimentos e bebidas do navio são acondicionados em barris. Falhas nos barris podem ser fatais para toda uma tripulação.
Havia um membro muito polivalente neste grupo. Era o Cirugião/Dentista/Barbeiro/Médico de Bordo. Não raro eram apenas pessoas iniciadas nessas profissões sem nenhum conhecimento profissional.
O Cozinheiro era uma figura pouco presente nos navios. Muitas vezes ele servia apenas aos oficiais deixando que o resto da tripulação fizesse sua própria comida.
O Despenseiro era outra figura muito importante dentro do navio tendo a função de controlar todos os mantimentos e realizar a partilha dos alimentos para a tripulação. Normalmente era o único que poderia ingressar na dispensa e reportava-se apenas ao Mestre e ao Capitão.
O Mestre-carpinteiro era responsável pelos reparos do navio. O Calafates era o responsável pela impermeabilização da embarcação. Havia ainda o ferreiro, o sentinela e o músico.
Os Marinheiros/Marujos
Eram os trabalhadores da embarcação e compunha o maior número de membros dentro do navio. Serviam como soldados em muitos casos e eram os responsáveis pelo manuseio do velame, dentre outras funções secundárias no navio.
Os Mais Baixos
Esses infelizes faziam parte da casta mais baixa dos membros da tripulação.
Os Taifeiros eram responsáveis pela limpeza do navio e toda a natureza de serviços gerais. Recebiam uma gratificação mínima. Abaixo deles estavam os Grumetes, que eram os que manuseavam os cabos do velame, faziam as vezes de vigia na gávea e trabalhavam como remadores, quando necessário. Sua maior vontade era ganhar experiência. Os Pajens eram formados por crianças inicialmente com não mais do que oito anos. Limpavam e lavavam o convés e auxiliavam na cozinha.
Fora desta pirâmide haviam outros dois grupos. Um deles era o dos Artilheiros. Eles eram responsáveis por tudo o que estava relacionado com o manuseio dos canhões e afins. Normalmente havia um Contra-mestre ou Imediato específico para eles, com conhecimento nestas tarefas, responsável pelas ordens. O outro grupo era o que cuidava das almas da tripulação – sacerdote/frade/padre. Ele representava o poder religioso dentro do navio da mesma forma que uma igreja no centro de uma pequena vila.
No geral este é o grupo de membros possíveis dentro de uma embarcação. Isso varia conforme o tamanho da embarcação e da tripulação. Não é incomum o caso de não haverem todos eles num navio. Alguns podem aglutinar mais de uma função – principalmente entre os especialistas. Além disso não podemos esquecer que mortes não são raras nas aventuras pelos mares.
Fonte: http://confrariadearton.blogspot.com
Uma embarcação é um universo em si. Um micro-mundo independente enquanto estava na imensidão do oceano. Como tal era, antes de mais nada, uma representação da ordem instituída. Representava todos os elementos de uma comunidade. Claro que estamos iniciando nossa conversa pelas embarcações ditas “oficiais” por assim dizer. Então temos de pensar em uma organização e hierarquia mais representativa de uma sociedade rígida. Não que isto não acontecesse entre os corsários e piratas, mas nos navios que servem alguma nação, rei ou organização isso fica muito mais evidenciado. Vamos começar vendo como estas embarcações “seguidoras da lei e da ordem” funcionavam.
Pode-se dizer que temos quatro grupos bem distintos dentro de uma embarcação. Os primeiros deles, e topo da pirâmide organizacional do navio, eram os oficiais. Depois haviam todos aqueles que possuíam algum afazer específico. Em terceiro tínhamos os marujos e marinheiros. Por fim temos os aprendizes e aqueles que realizavam limpezas.
Esta estrutura, dentro de navios oficiais, era extremamente rígida. Não podemos esquecer que um navio que serve à uma nação ou a um imperador/rei funcionava como um braço de suas forças armadas. Então nada mais justo que siga os padrões militares. Pensado em Tormenta podemos imaginar neste grupo as marinhas do Reinado e principalmente os navios de Tapista.
Os Oficiais
Este primeiro grupo formava a estrutura básica de comando do navio. Não existiam (na maioria dos casos) mais do que um de cada tipo de oficial por embarcação.
A maior autoridade dentro do navio era o Capitão (mesmo quando algum nobre estivesse dentro, à não ser o próprio Rei ou alguma outra figura diretamente ligada à realeza). Ele era a autoridade máxima fazendo inclusive os papéis de juiz e juri quando necessário. Normalmente era o único à ter aposentos particulares dentro do navio. O Capitão não se misturava com a tripulação e mesmo muitos oficiais não tinham acesso a ele.
O Quarteleiro ou Mestre de Bordo (também chamado de Patrão ou ‘nocher’- o sábio do navio) era o segundo em comando. A ele cabia levar as ordens do Capitão para os outros oficiais designando tarefas. Em muitos momentos era quem realmente mandava no navio, menos nos combates, levando ao Capitão apenas casos especiais. Suas ordens recaiam sobre todos – à não ser o Piloto e os Artilheiros. O Mestre é aquele que melhor conhece os ventos e o comportamento da embarcação. O Piloto era o responsável pelo manejo do navio e leitura das cartas náuticas.
O Quartel-mestre executava as ordens do Mestre transmitindo-as à tripulação e cobrando do Imediato sua realização. O Imediato servia diretamente ao Mestre de Bordo. Todas as ordens proferidas pelo Mestre eram levadas à cabo pelo Imediato junto aos marujos ou profissionais. Era o oficial mais próximo da tripulação. Os Camareiros de Bordo são erroneamente considerados como serviçais, mas fazem sim parte dos oficiais. Eram aspirantes à oficiais. Vinham, normalmente, de famílias nobres e possuíam grandes responsabilidades em sua relação com os oficiais. Para encerrar havia o Agualcil. Eles eram os representantes da força do rei ou imperador dentro do navio. Por seu caráter oficial era muito pouco querido pela tripulação.
Os Especialistas
Havia uma enorme lista de profissionais que poderiam, ou não, estar dentro de uma embarcação. Todos tinham funções específicas e pontuais.
O Tanoeiro era o responsável pela produção e manutenção dos barris. Pode parecer pouco, mas quando se está dentro de um navio no meio do oceano por semanas torna-se uma função das mais importantes. Todos os mantimentos e bebidas do navio são acondicionados em barris. Falhas nos barris podem ser fatais para toda uma tripulação.
Havia um membro muito polivalente neste grupo. Era o Cirugião/Dentista/Barbeiro/Médico de Bordo. Não raro eram apenas pessoas iniciadas nessas profissões sem nenhum conhecimento profissional.
O Cozinheiro era uma figura pouco presente nos navios. Muitas vezes ele servia apenas aos oficiais deixando que o resto da tripulação fizesse sua própria comida.
O Despenseiro era outra figura muito importante dentro do navio tendo a função de controlar todos os mantimentos e realizar a partilha dos alimentos para a tripulação. Normalmente era o único que poderia ingressar na dispensa e reportava-se apenas ao Mestre e ao Capitão.
O Mestre-carpinteiro era responsável pelos reparos do navio. O Calafates era o responsável pela impermeabilização da embarcação. Havia ainda o ferreiro, o sentinela e o músico.
Os Marinheiros/Marujos
Eram os trabalhadores da embarcação e compunha o maior número de membros dentro do navio. Serviam como soldados em muitos casos e eram os responsáveis pelo manuseio do velame, dentre outras funções secundárias no navio.
Os Mais Baixos
Esses infelizes faziam parte da casta mais baixa dos membros da tripulação.
Os Taifeiros eram responsáveis pela limpeza do navio e toda a natureza de serviços gerais. Recebiam uma gratificação mínima. Abaixo deles estavam os Grumetes, que eram os que manuseavam os cabos do velame, faziam as vezes de vigia na gávea e trabalhavam como remadores, quando necessário. Sua maior vontade era ganhar experiência. Os Pajens eram formados por crianças inicialmente com não mais do que oito anos. Limpavam e lavavam o convés e auxiliavam na cozinha.
Fora desta pirâmide haviam outros dois grupos. Um deles era o dos Artilheiros. Eles eram responsáveis por tudo o que estava relacionado com o manuseio dos canhões e afins. Normalmente havia um Contra-mestre ou Imediato específico para eles, com conhecimento nestas tarefas, responsável pelas ordens. O outro grupo era o que cuidava das almas da tripulação – sacerdote/frade/padre. Ele representava o poder religioso dentro do navio da mesma forma que uma igreja no centro de uma pequena vila.
No geral este é o grupo de membros possíveis dentro de uma embarcação. Isso varia conforme o tamanho da embarcação e da tripulação. Não é incomum o caso de não haverem todos eles num navio. Alguns podem aglutinar mais de uma função – principalmente entre os especialistas. Além disso não podemos esquecer que mortes não são raras nas aventuras pelos mares.
Fonte: http://confrariadearton.blogspot.com
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