Mantimentos
Um dos elemento fundamentais para a sobrevivência em uma embarcação diz respeito aos mantimentos. Estando dias, semanas, meses à fio cercado por água os mantimentos tornam-se a diferença entre a vida e a morte para os marinheiros.
Como tudo em rpg nossa base é a realidade. No caso das aventuras marítimas de corsários, piratas e famosos almirantes temos, por base, informações históricas ricas em detalhes.
Normalmente os cálculos com relação ao cuidado com os mantimentos baseiam-se em contas de trinta dias. O grande responsável por esses cuidados era o Mestre da embarcação juntamente com o despenseiro. Todo o cálculo dos mantimentos levava em consideração o tempo de jornada, o percurso, os pontos de paradas possíveis e as dificuldades.
A cada um cabia uma fração dos recursos que era distribuída em períodos específicos pelo despenseiro. O procedimento era, invariavelmente, de deixar o marinheiro responsável pelo consumo de seu quinhão de alimento.
Abaixo está uma listagem básica dos mantimentos que seguiam viajem nas embarcações.
Biscoito: No início das jornadas era muito prazeroso poderem deliciar-se com biscoitos. Eram feitos de forma bem artesanal, mas muito nutritivos. Mas logo após uma semana (ou um pouco mais) eles já estavam deteriorados. Eram armazenados em barris de 80 Kg. Cada marinheiro recebia cerca de 400 gramas por dia. Essa monta equivalia a 12 Kg por mês.
Carne seca: Muito útil pois mantinha-se por muito tempo em bom estado de consumo. Cada marinheiro recebia 500 gramas por dia. Isso equivalia à 15 Kg por mês por marinheiro. Elas eram guardadas em barris de 88 Kg.
Cebola: Sua grande vantagem é que ela dura muito tempo sem apodrecer ou estragar. Cada marinheiro recebia cerca de meio quilo por mês. Elas podiam estar em ramas ou sacas.
Azeite: Era usado como complemento do prato ou como tempero. Cada um recebia um litro por mês para usar como desejasse. Eles eram acondicionados em pipas de 4 litros e meio.
Vinagre: O vinagre tinha muitas utilizações no dia-a-dia dos marujos. Ele poderia ser usado como tempero para alimentação, poderia ser usado para limpeza de utensílios pessoais, para desinfecctar ferimentos ou para limpar vegetais. Cada um recebia um litro e eram guardados em pipas de 4 litros e meio.
Queijo: O queijo é outro daqueles alimentos que tem uma grande durabilidade. Além disso ele não dispensa muitos cuidados para seu acondicionamento. Cada marinheiro recebia um pedaço de queijo por semana (algo em torno de 250 à 350 gramas). Normalmente o queijo era embarcado em grandes ‘rodas’ que equivaliam à quatro pedaços.
Lentilha/arroz: Eram transportados em enormes sacas de cinqüenta Kg. Eram distribuídos ou um ou outro para cada um em porções de 250g por dia.
Sal: Podemos considerar uma iguaria das mais dispensáveis, mas depois de algumas semanas no mar tudo parece que fica sem gosto. O sal pode dar uma ar mais saboroso até à pior das refeições. Cada um recebia cem gramas por mês.
Alho: Servia, também como um tempero às refeições. Da mesma forma que a cebola era guardado em grandes ramas dependuradas nos porões dos navios. Cada um recebia cerca de 250 gramas por mês.
Açúcar mascavo: Juntamente com o mel era uma das poucas possibilidades dos marinheiros comerem algo verdadeiramente doce. Produto de grande durabilidade servia muitas vezes, em casos extremos, como fonte única de alimentação quando em situações de dispensas vazias nos finais de jornadas. Cada um recebia 200 gramas por mês.
Mel: Um pote de mel era o que cabia para cada marujo. Não há registros muito específicos sobre o que representava este pote em peso. Calcula-se que seja mais ou menos umas 300 gramas de mel. Também é um alimento muito bom para transportar-se num navio já que dura muito mais do que um mês e é altamente energético.
Verduras/legumes: Produtos que muito facilmente se deterioram eram pouco utilizados. Sua utilização na alimentação era muito comum nos dois ou três primeiros dias após aportarem em algum porto ou ilha, mas ficava à critério e custo do marinheiro.
As carnes eram a maior das dificuldades no que concernia à alimentação. As dificuldades eram muitas. O acondicionamento dos animais dentro do navio era um dos grandes problemas. Além do espaço que ocupam também há necessidade de acondicionarem rações para eles. Além disso muitos deles poderiam ser fontes de doenças e pestes. Mas mesmo assim não era incomum que animais estivessem presentes nos navios.
Galinhas/frangos: Eram os mais fáceis de transportar, acondicionar e manterem vivos. Além disso a sua alimentação despendia de pouco espaço. Eles podiam, inclusive se reproduzir sem problemas dentro do navio tornando-se uma fonte bem razoável de alimentação animal. Normalmente para cada dez animais deste tipo gastava-se um barril de ração por mês. Não podemos nos esquecer dos ovos que elas produzem sendo um adendo muito interessante à vida dos marinheiros. Não encontrei registros sobre qual a porção que cabia à cada marinheiro. Especula-se que eles eram mais utilizados para a oficialidade.
Ovelhas/Porcos/Javalis: Muito mais difíceis de manter do que as aves, esses animais apareciam de forma muito mais rara nos navios. O custo era muito maior para sua manutenção e eles produziam muito mais sujeira, o que possibilitava o aparecimento e desenvolvimento de pestes (pulgas e carrapatos). Esses animais eram utilizados para a alimentação da oficialidade.
Peixes: Eram pescados à qualquer momento, mas até para conseguirem alguma isca era muito complicado. Era mais utilizado pelos marinheiros de baixos postos.
Tão importante quanto a alimentação está a bebida, em especial a água potável. Com toda a certeza era o que mais ocupava espaço dentro dos porões do navio. Um navio de porte médio gastava usava pelo menos 200 barris de água num período de trinta dias. Claro que a cada parada em qualquer ilha ou porto poderiam reabastecer seu estoque muito mais facilmente do que outros alimentos. Para cada marinheiro era disponibilizado um litro e meio por dia.
Além dos barris de água eram gastos quase a mesma quantidade em barris de vinho. Esta bebida tinha uma função que ia muito além da diversão. O vinho pode muito bem substituir uma refeição escondendo a fome muitas vezes. Além disso um navio cheio de vinho mantém uma tripulação calma. Os marujos recebiam também cerca de um litro e meio por dia.
Olhando assim podemos não perceber o quanto custava isso tudo. Mas para cada jornada de trinta dias gasta-se uma pequena fortuna. Por marinheiro gastava-se (passando agora para termos de rpg) cerca de dezesseis peças de ouro, seis peças de prata e duas peças de cobre por mês. Além disso, conta-se vinte peças de ouro, por marinheiro, apenas para o vinho e mais duas peças de ouro pela água em um mês.
Cada marujo era responsável pela sua comida. Pequenos fogareiros eram acesos no próprio convés principal onde preparavam suas refeições em pequenos grupos. Os cozinheiros trabalhavam apenas para a oficialidade. Para os oficiais não era incomum iguarias especiais de uso exclusivo tais como doces, temperos, bebidas alcoólicas, milho, grão de bico, cevada entre outros.
Fonte: http://confrariadearton.blogspot.com
Como tudo em rpg nossa base é a realidade. No caso das aventuras marítimas de corsários, piratas e famosos almirantes temos, por base, informações históricas ricas em detalhes.
Normalmente os cálculos com relação ao cuidado com os mantimentos baseiam-se em contas de trinta dias. O grande responsável por esses cuidados era o Mestre da embarcação juntamente com o despenseiro. Todo o cálculo dos mantimentos levava em consideração o tempo de jornada, o percurso, os pontos de paradas possíveis e as dificuldades.
A cada um cabia uma fração dos recursos que era distribuída em períodos específicos pelo despenseiro. O procedimento era, invariavelmente, de deixar o marinheiro responsável pelo consumo de seu quinhão de alimento.
Abaixo está uma listagem básica dos mantimentos que seguiam viajem nas embarcações.
Biscoito: No início das jornadas era muito prazeroso poderem deliciar-se com biscoitos. Eram feitos de forma bem artesanal, mas muito nutritivos. Mas logo após uma semana (ou um pouco mais) eles já estavam deteriorados. Eram armazenados em barris de 80 Kg. Cada marinheiro recebia cerca de 400 gramas por dia. Essa monta equivalia a 12 Kg por mês.
Carne seca: Muito útil pois mantinha-se por muito tempo em bom estado de consumo. Cada marinheiro recebia 500 gramas por dia. Isso equivalia à 15 Kg por mês por marinheiro. Elas eram guardadas em barris de 88 Kg.
Cebola: Sua grande vantagem é que ela dura muito tempo sem apodrecer ou estragar. Cada marinheiro recebia cerca de meio quilo por mês. Elas podiam estar em ramas ou sacas.
Azeite: Era usado como complemento do prato ou como tempero. Cada um recebia um litro por mês para usar como desejasse. Eles eram acondicionados em pipas de 4 litros e meio.
Vinagre: O vinagre tinha muitas utilizações no dia-a-dia dos marujos. Ele poderia ser usado como tempero para alimentação, poderia ser usado para limpeza de utensílios pessoais, para desinfecctar ferimentos ou para limpar vegetais. Cada um recebia um litro e eram guardados em pipas de 4 litros e meio.
Queijo: O queijo é outro daqueles alimentos que tem uma grande durabilidade. Além disso ele não dispensa muitos cuidados para seu acondicionamento. Cada marinheiro recebia um pedaço de queijo por semana (algo em torno de 250 à 350 gramas). Normalmente o queijo era embarcado em grandes ‘rodas’ que equivaliam à quatro pedaços.
Lentilha/arroz: Eram transportados em enormes sacas de cinqüenta Kg. Eram distribuídos ou um ou outro para cada um em porções de 250g por dia.
Sal: Podemos considerar uma iguaria das mais dispensáveis, mas depois de algumas semanas no mar tudo parece que fica sem gosto. O sal pode dar uma ar mais saboroso até à pior das refeições. Cada um recebia cem gramas por mês.
Alho: Servia, também como um tempero às refeições. Da mesma forma que a cebola era guardado em grandes ramas dependuradas nos porões dos navios. Cada um recebia cerca de 250 gramas por mês.
Açúcar mascavo: Juntamente com o mel era uma das poucas possibilidades dos marinheiros comerem algo verdadeiramente doce. Produto de grande durabilidade servia muitas vezes, em casos extremos, como fonte única de alimentação quando em situações de dispensas vazias nos finais de jornadas. Cada um recebia 200 gramas por mês.
Mel: Um pote de mel era o que cabia para cada marujo. Não há registros muito específicos sobre o que representava este pote em peso. Calcula-se que seja mais ou menos umas 300 gramas de mel. Também é um alimento muito bom para transportar-se num navio já que dura muito mais do que um mês e é altamente energético.
Verduras/legumes: Produtos que muito facilmente se deterioram eram pouco utilizados. Sua utilização na alimentação era muito comum nos dois ou três primeiros dias após aportarem em algum porto ou ilha, mas ficava à critério e custo do marinheiro.
As carnes eram a maior das dificuldades no que concernia à alimentação. As dificuldades eram muitas. O acondicionamento dos animais dentro do navio era um dos grandes problemas. Além do espaço que ocupam também há necessidade de acondicionarem rações para eles. Além disso muitos deles poderiam ser fontes de doenças e pestes. Mas mesmo assim não era incomum que animais estivessem presentes nos navios.
Galinhas/frangos: Eram os mais fáceis de transportar, acondicionar e manterem vivos. Além disso a sua alimentação despendia de pouco espaço. Eles podiam, inclusive se reproduzir sem problemas dentro do navio tornando-se uma fonte bem razoável de alimentação animal. Normalmente para cada dez animais deste tipo gastava-se um barril de ração por mês. Não podemos nos esquecer dos ovos que elas produzem sendo um adendo muito interessante à vida dos marinheiros. Não encontrei registros sobre qual a porção que cabia à cada marinheiro. Especula-se que eles eram mais utilizados para a oficialidade.
Ovelhas/Porcos/Javalis: Muito mais difíceis de manter do que as aves, esses animais apareciam de forma muito mais rara nos navios. O custo era muito maior para sua manutenção e eles produziam muito mais sujeira, o que possibilitava o aparecimento e desenvolvimento de pestes (pulgas e carrapatos). Esses animais eram utilizados para a alimentação da oficialidade.
Peixes: Eram pescados à qualquer momento, mas até para conseguirem alguma isca era muito complicado. Era mais utilizado pelos marinheiros de baixos postos.
Tão importante quanto a alimentação está a bebida, em especial a água potável. Com toda a certeza era o que mais ocupava espaço dentro dos porões do navio. Um navio de porte médio gastava usava pelo menos 200 barris de água num período de trinta dias. Claro que a cada parada em qualquer ilha ou porto poderiam reabastecer seu estoque muito mais facilmente do que outros alimentos. Para cada marinheiro era disponibilizado um litro e meio por dia.
Além dos barris de água eram gastos quase a mesma quantidade em barris de vinho. Esta bebida tinha uma função que ia muito além da diversão. O vinho pode muito bem substituir uma refeição escondendo a fome muitas vezes. Além disso um navio cheio de vinho mantém uma tripulação calma. Os marujos recebiam também cerca de um litro e meio por dia.
Olhando assim podemos não perceber o quanto custava isso tudo. Mas para cada jornada de trinta dias gasta-se uma pequena fortuna. Por marinheiro gastava-se (passando agora para termos de rpg) cerca de dezesseis peças de ouro, seis peças de prata e duas peças de cobre por mês. Além disso, conta-se vinte peças de ouro, por marinheiro, apenas para o vinho e mais duas peças de ouro pela água em um mês.
Cada marujo era responsável pela sua comida. Pequenos fogareiros eram acesos no próprio convés principal onde preparavam suas refeições em pequenos grupos. Os cozinheiros trabalhavam apenas para a oficialidade. Para os oficiais não era incomum iguarias especiais de uso exclusivo tais como doces, temperos, bebidas alcoólicas, milho, grão de bico, cevada entre outros.
Fonte: http://confrariadearton.blogspot.com
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