Páginas

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A Cidade das Almas: Parte 4

As Aventuras de Arthos
O viajante capturado

... O Ancião da vila acabara de me explicar acerca dos portais, das 3 chaves e dos vários outros acontecimentos recentes por estas terras. Não posso negar que fiquei muito surpreso com as informações, afinal, eu era apenas o capitão de uma fragata. Então os Centauros da vila passaram a acreditar que eu era o escolhido, a pessoa vinda de um dos portais para por um fim na era do Caos. Por mais que eu negasse eles não queriam ver que eu era apenas uma pessoa normal e que não poderia mudar o destino de nenhum ser vivente, mas eu não tive outra escolha, conforme o tempo passava eu percebia que eles realmente diziam a verdade, eu via um crescimento em mim fora do normal, eu estava ficando mais ágil e habilidoso sem precisar fazer nada. Em uma de minhas viagens com Chan para conseguir boas trocas comerciais vimos criaturas monstruosas e muita destruição, casas, vilas e cidades viraram cinzas, e muitas vezes tivemos que lutar por nossas vidas. Foi então que começaram os intensos e duros treinamentos, apesar de eu ja ter uma boa manipulação de espadas eles me ensinaram tudo o que se poderia saber, aprendi coisas que nunca antes tinha ouvido falar, truques, técnicas e após longos meses de duro e intenso treino eu já estava pronto para partir em busca de respostas, respostas estas que só eu poderia achar. Em pouco tempo me tornei um grande Guerreiro, meus modos, roupas e atitudes mudaram, agora eu tinha uma espada forjada por Centauros, como prova de uma aliança que iria durar até o fim.
Eu terminava os preparativos para minha busca incansável por respostas, queria voltar para casa e a única maneira era encontrando um dos portais, e para isso eu precisava voltar onde tudo começou: A antiga tumba de morgoth.

Me despedi de meus fiéis amigos, que não escondiam em seus olhos a grande fascinação por minha busca, aquele povo realmente acreditava que eu iria livrá-los do Caos, mas na verdade eu só pensava em minha volta para casa, assim como quem quer acordar de um pesadelo longo que nunca termina. Cratsbar era muito sábio, mas eu deveria seguir sozinho, não queria arriscar a vida de mais ninguém nessa dura jornada que me foi dada. Segui a pé por dois dias levando comigo somente o necessário, com o mapa em mãos eu sabia exatamente para onde estava indo.

Correndo pela estrada molhada eu deixava pegadas no chão, estava chovendo intensamente desde a noite anterior, acabava de amanhecer e eu já podia sentir a dormência nas pernas, cansaço e fome. Encharcado avistei um lugar que seria bom para me abrigar da chuva e descansar, e resolvi seguir em frente. Uma série de obstáculos obstruiam o curto caminho, folhas e galhos, troncos velhos e outros, achei que seria fácil passar mas acabei pisando em um buraco em falso e comecei a rolar buraco a dentro, enquanto caia tentei me segurar mas a lama me levava ao profundo cada vez mais. Terra molhada e muita sujeira me acompanhavam enquanto eu descia sem parar para um fosso imenso até bater no chão e parar.

- Argh!, mas que... Sentindo a dor do impacto e tentando me erguer
peguei meus equipamentos totalmente sujos, tentei limpar minha armadura como dava e retirei uma lamparina da mochila. Observei bem o local em que me encontrava e vi que estava a muitos metros no subterrâneo, o escudo que estava preso em minhas costas me salvou na queda, evitando que eu quebrasse algumas costelas. Talvez fosse uma trilha usada para fuga, e como não tinha como sair por onde entrei resolvi seguir em frente. Caminhei cerca de meia hora em túneis no subsolo, não me levavam a lugar algum até ouvir gritos ecoando ao longe.

- Um grito por socorro? pensei alto
Comecei a correr até chegar a uma clareira

Observei bem quando avistei duas criaturas torturando um Elfo, eram Trolls!!
Continuei escondido apenas esperando o melhor momento para aparecer
Durante todo o tempo que permaneci na aldeia aprendi muito sobre criaturas e outras raças, livros e pergaminhos de ensinamento me ajudaram o bastante para chegar a tais conclusões.

O Elfo estava amarrado com correntes, encolhido ao canto enquanto os Trolls discutiam como iriam jantá-lo

- Vamos partí-lo em pedacinhos e depois cozinhá-lo - disse um deles
- Não!!! quero ele cru - lambendo os beiços e se pondo na frente para apunhalar o Elfo -

Percebi que estavam distraídos o suficiente, retirei a espada da bainha e corri para cima
- AHHHHHHH!!!! dei um grito de guerra enquanto desferia um ataque no Troll surpreso

O Golpe foi certeiro, a espada atravessava o peito do inimigo e seu sangue banhava minhas mãos, escorrendo pela espada. Retirei a espada do corpo e começou uma luta armada contra o Troll que estava furioso.

Continua...
← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário